Universo Educacional - The Return



Esta é a versão digitalizada de nossa revista impressa.


Caso queira postar algum comentário e seguir este blog. Será uma satisfação!


Para enviar matéria: letrastorri@yahoo.com.br
torriletras@bol.com.br


Seguir no Twitter:http://www.twitter.com/LetrasTorri


Para ver os videos da turma no Youtube acesse:
http://www.youtube.com/letrastorri


Endereço eletrônico Faculdade: http://www.torricelli.edu.br/


Orkut:http://www.orkut.com.br/Main#Profile?rl=fpn&uid=10241184309594517206

Outros Blogs dos alunos da Torricelli/Anhanguera

Wellington




Edilton


sábado, 15 de maio de 2010

Educar e Aprender.



A luz do amor faz desabrochar no
Jardim da vida as rosas da educação

Por Francisco Welligton
Ana Clara observa aquelas crianças, ali paradas, olhando para o vazio, a jovem morde os lábios para não perder o controle de si, seu desejo é sair logo daquela sala e não ver mais seus rostos.
A sua cabeça dói, senti raiva de si mesma, da vida e deles.
A sanha que tem por si é de ter formado se em pedagogia sem vocação nenhuma, apenas para agradar ao pai, um emérito educador, que custeara todo seu curso o qual ela menosprezara, faltando às aulas, colando nas provas e pagando para fazerem os seus trabalhos escolares.
Estava ressentida com a vida, um enfarte levou seu pai três dias antes de sua formatura, e tinha raiva daquelas crianças, todas com deficiência mental.
A necessidade levou Ana Clara a aceitar uma vaga de educadora em um centro de apoio a deficientes cerebrais, após a morte do pai foi ela que passou a sustentar a mãe e o irmão.
Sabia que aquele não era seu lugar, desde o primeiro dia, ao ver aquelas crianças sentadas no chão, o rosto sem expressão, a cabeça pendida para o lado, e a baba escorrendo pelo canto da boca.
Trabalhava no local há seis meses, tentou ser uma professora dedicada no inicio, usando as teorias de grandes pedagogos, dicas de amigas e materiais que seu pai havia separado para um livro, procurou entender as palavras que deixou escrita:
A luz do amor faz desabrochar no jardim da vida as rosas da educação.
Porem não conseguia perceber mudança alguma nas crianças,
Imaginava ser péssima professora, e este sentimento de inferioridade acabou interferindo no seu relacionamento com aquelas crianças especiais, nos últimos dias não suportava mais olhar para a cara delas tinha ânsia de vomito ao entrar na sala.
Havia decidido que aquele seria seu ultimo dia como professora, Aguardava com ansiedade o termino da aula, olhando a cada cinco minutos para o relógio.
Olhava a todos e respirava o ar monótono da sala, não sabia como interagir com as crianças, sentia vergonha por não conseguir ensinar as crianças.
Olhava a todas sabendo que logo adormeceriam menos um garoto, Marcos aquele que Ana Clara mais detestava, pois requeria maior atenção, vivia batendo com a cabeça na parede e sorrindo até o sangue escorrer pela testa.



--Não acredito que este mongolóide vai ficar novamente batendo a cabeça na parede, ainda bem que hoje é meu último dia nunca mais verei estas crianças.
Pensou em levantar-se e tirar Marcos da parede, mas desistiu vendo que o garoto não fazia seu movimento comum, ele estava diferente parecendo esconder algo que fazia, Ana Clara chegou a sentir um pouco de curiosidade só que seu próprio sentimento contrario ao garoto a fez permanecer sentada.
--O que este retardado saberia fazer além de bater a cabeça na parede Observava as crianças que vão adormecendo, seus olhos perderam,ficando pesados e a professora adormece. O sinal toca!
Ana Clara abre os olhos, assustada, olha para frente e vê que as crianças estão acordando naquele exato momento tem um instante de alivio e logo em seguida um de desespero ao ver que Marcos não esta no fundo da sala nem junto aos outros, a vista fica marejada, e a garganta seca, não acredita que adormeceu e perdeu Marcos, estava prestes a sair da sala em desespero a procura do garoto quando sentiu sua perna ser puxada, no susto olhou.
Era Marcos sentado no chão junto a ela segurando um papel e dando aquele sorriso que Ana Clara tanto detesta, a professora tem o impulso de abraçá-lo, mas para e vira o rosto agora esta com raiva do garoto.
Respira fundo e vai para frente da porta, vê algumas mães vindo buscar os filhos e sorri, tudo acabou as mães vão pegando seus filhos e Ana Clara da um sorriso falso dizendo:
--Até amanhã meus queridinhos.
A última a chegar como sempre é a mãe de Marcos que pega o garoto pelo braço, mas este recua não quer ir , corre para junto de Ana Clara, a mãe ralha com o garoto, tenta pegar ele pela cintura mas o efeito e pior.ele começa a bater com a cabeça na perna de Ana Clara que o empurra de leve e a mãe o agarra e sai arrastando Marcos que chora desesperado e deixa cair no chão o papel que segurava.Ana Clara fica só,apenas com seus pensamentos.Começa a arrumar seu material, feliz por acabar com aquela tortura, mas frustrada, sabendo que estava fugindo do problema, das crianças, e de ser uma péssima educadora.
Quando ia fechar a porta viu no chão o papel que Marcos carregava, pegou o para jogar no lixo.
Ao abrir a professora viu borrões rosa que formavam uma flor, a alguns dias atrás Ana Clara havia tentado ensinar a eles como desenhar uma e não obteve sucesso.
Ela agora podia entender o motivo de Marcos ter aquela crise, ele queria entregar o desenho para ela.
O rabisco que parecia uma flor, que Marcos havia feito foi regado com muitas lagrimas.
Aquele pequeno ato mudou ávida de Ana Clara, ela continuou sendo professora daquelas crianças mudando sua forma de pensar e passou a entender aos seus alunos especiais e qual a maneira correta de ensinar.
Tornou-se uma grande educadora.
Naquele dia, por causa do desenho e de todo ato de Marcos que ela veio a entender o real sentido de educar, Ana Clara passou a amar seus alunos a profissão, compreendia as palavras deixadas por a seu pai amava o ato de ensinar em seu todo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário