Universo Educacional - The Return



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terça-feira, 13 de março de 2012

Exclusão do programa da grade da TV Cultura provoca abaixo-assinado na internet


PublishNews - 13/03/2012 - Roberta Campassi
Exclusão do programa da grade da TV Cultura provoca abaixo-assinado na internet
 
O Entrelinhas ficou de fora da nova programação da TV Cultura, anunciada no último dia 5. Espécime raro na TV brasileira, o programa dedicado inteiramente aos livros e à literatura existia desde julho de 2005 e era transmitido aos domingos, com trinta minutos de duração.
 
Agora, segundo a Cultura, o conteúdo do Entrelinhas será integrado ao novo programa Metrópolis, que “passará, diariamente, a tratar de literatura, artes, cinema, teatro e outros assuntos ligados à cultura”, afirma a emissora em nota. “Os temas ligados à literatura, portanto, continuarão a merecer, por parte da TV Cultura, a atenção e o cuidado que lhes são devidos”, complementa.
 
A notícia do encerramento do programa provocou mobilização na internet. No fim da semana passada, por iniciativa encabeçada pelo escritor Marcelino Freire, foi lançado um abaixo-assinado contra a decisão da emissora. “Nós, abaixo assinados, escritores, atores, editores, artistas em geral, leitores e telespectadores, vimos repudiar a decisão da TV Cultura de pôr fim ao programa Entrelinhas, um espaço nobre, desde 2005, na divulgação de autores e livros, solicitando, assim, a volta do programa à grade da emissora”, diz o documento. 


Ajude a divulgar o abaixo-assinado, enviando esta mensagem aos seus amigos, para 
que um programa como o Entrelinhas não fique fora do ar...

segunda-feira, 12 de março de 2012

Publique aquele livro guardado na gaveta ou arquivado no computador sem gastar



Publique seu livro sem gastar nada com isso. (Foto: Thinkstock)Se você tem um romance que nunca saiu da gaveta, um trabalho de conclusão de curso esquecido na biblioteca da faculdade ou uma coletânea de poesias arquivada no computador porque sempre faltou dinheiro para publicá-los, chegou a hora de transformá-los em livros e colocá-los à venda sem precisar gastar um centavo por isso.



Inspirado nos sites estrangeiros lulu.com e bubok.com, o portal PerSe auxilia autores independentes a publicarem gratuitamente seus livros, direto pela Internet, sem intermediação. Depois que o livro estiver pronto, o autor define quanto quer ganhar de royalties e pode colocar a versão impressa e o eBooks à venda na livraria eletrônica do PerSe, que também tem parceria com outras seis lojas online (Distribuidora Xeriph, Nuvem de Livros, iba, Livraria Cultura, Amazon e Google Books).

A remuneração do PerSe é 25% do valor que o autor definir como “sua remuneração”, com um piso mínimo de R$1,00. O diretor-geral da PerSe, Antonio Hércules Junior, comemora o sucesso do portal, que foi inaugurado em maio do ano passado e já soma 350 livros publicados. “A demanda só tem aumentado. Em fevereiro, por exemplo, publicamos 50 obras”.

Capa do livro 'Pra Vida Toda'. (Foto: Divulgação)Para Fernanda Meireles, que tem dois romances publicados pela PerSe (“Vida Após o Amor” e “Pra Vida Toda”), canais de publicação independente como esse são fundamentais aos autores que buscam uma oportunidade no meio editorial. “Começar é sempre o mais difícil, ainda mais quando temos que provar nosso valor não só aos futuros leitores, mas principalmente às editoras. As recusas e descrenças são inevitáveis e muitas vezes desestimulantes”, desabafa.

Dos cinco livros publicados por Donnefar Skedar, quatro deles estão disponíveis na PerSe: “Terror Mental”, “Kristendat City - O Orbetite”, “14” e “O Horror da Minha Mente”. “Descobri o PerSe através de pesquisas sobre sites que faziam publicação gratuita de livros em vários formatos e que utilizavam vários tipos de papéis”, conta o escritor independente. “É indiferente dizer se lucro muito ou pouco com os livros. O importante é publicá-los, ver a satisfação de quem os compra, a qualidade do material e o retorno que vem com nosso próprio suor. Acho que é essa é a melhor forma para quem quer ter seu próprio negócio ou para quem não consegue chegar nem na metade do caminho de ser um escritor famoso”, acrescenta.

Um dos pontos mais importantes desse processo para João Calazans, autor de “Dúvidas & Desejos”, é não ficar dependente de nenhuma editora e se beneficiar com a gratuidade do serviço, mesmo motivo que chamou a atenção da psicóloga e escritora Regina Araújo. “Estava muito descontente com vários orçamentos e acabei engavetando várias obras, até receber resultados positivos de vários concursos que tinha participado. Foi aí que decidi encontrar outra editora e descobri a PerSe. “Hoje, já consegui vender meus livros até em Portugal, Espanha e Suíça”.

Os direitos sobre a obra ficam exclusivamente com o autor e ainda existe a possibilidade de disponibilizar a versão eletrônica, o eBook, para download gratuito. “Para mim, este tipo de publicação é uma das melhores formas de se construir uma cultura digital e de levar os livros a inúmeros lugares, que antes não se poderia alcançar. Fiquei feliz ao ver meu livro sendo vendido no Amazon e ainda mais feliz quando os livros impressos chegaram aqui em casa e vi que a qualidade gráfica também é boa”, comenta Patrick Raymundo de Moraes, autor de mais de 31 livros.

"Eu acho que esse estímulo, essa divulgação e a projeção do livro pela PerSe passa a ser mútuo: somos parceiros em prol da leitura e da divulgação de pessoas que querem ser reconhecidas valendo-se das letras(que não são completamente digitalizadas). São também folheadas", comenta Geórgia Freitas, autora de "Morgan, a Sacerdotisa Atlante".

Passo a passo para publicação
  • Crie uma identificação para o seu livro: título, nome do autor, categorias, palavras-chave para buscas, edição, sinopse, entre outros;
  • Defina as caraterísticas físicas do seu livro: formato, acabamento, papel do miolo e se a impressão será feita em cores ou preto e banco;
  • Monte o conteúdo do seu livro: suba o arquivo para o sistema do PerSe e utilize-o para criar e produzir a capa do seu livro;
  • Defina o preço de venda do seu livro: você estabelece quanto quer receber por livro vendido e o sistema calcula o preço de venda;
  • Você escolhe também se quer vender o seu livro impresso, eletrônico (eBook), ou os dois;
  • Caso você queira ajuda para editar, revisar, lançar e divulgar o livro, o PerSe oferece uma série de serviços adicionais de publicação e marketing com um valor adicional.

sábado, 12 de novembro de 2011

MENESTREL







Um dia você aprende que... 

Depois de algum tempo você aprende a diferença, 
a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. 

E você aprende que amar não significa apoiar-se, 
e que companhia nem sempre significa segurança. 

E começa a aprender que beijos não são contratos
e presentes não são promessas. 

E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida
e olhos adiante, com a graça de um adulto
e não com a tristeza de uma criança. 

E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, 
porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, 
e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. 

Depois de um tempo você aprende que o sol queima
se ficar exposto por muito tempo. •.
E aprende que não importa o quanto você se importe, 
algumas pessoas simplesmente não se importam... 

E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, 
ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. 

Aprende que falar pode aliviar dores emocionais. 

Descobre que se leva anos para se construir confiança
e apenas segundos para destruí-la,
e que você pode fazer coisas em um instante,
das quais se arrependerá pelo resto da vida. 

Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer
mesmo a longas distâncias. 

E o que importa não é o que você tem na vida,
mas quem você é na vida. 

E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. 
Aprende que não temos que mudar de amigos
se compreendemos que os amigos mudam, 
percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, 
ou nada, e terem bons momentos juntos. 

Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida 
são tomadas de você muito depressa, 
por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos
com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos. 

Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, 
mas nós somos responsáveis por nós mesmos. 

Começa a aprender que não se deve comparar com os outros,
mas com o melhor que você mesmo pode ser. 

Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, 
e que o tempo é curto. 

Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo,
mas se você não sabe para onde está indo,
qualquer lugar serve. 

Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, 
e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, 
pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, 
sempre existem dois lados. 

Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, 
enfrentando as conseqüências. 

Aprende que paciência requer muita prática. 

Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute 
quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se. 

Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência 
que se teve e o que você aprendeu com elas
do que com quantos aniversários você celebrou. 

Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha. 

Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, 
poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia
se ela acreditasse nisso. 

Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, 
mas isso não lhe dá o direito de ser cruel. 

Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer 
que ame, não significa que esse alguém não o ama, 
pois existem pessoas que nos amam, 
mas simplesmente não sabem como demonstrar isso. 

Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, 
algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo. 

Aprende que com a mesma severidade com que julga, 
você será em algum momento condenado. 

Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, 
o mundo não pára para que você o conserte. 

Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás. 

Portanto,plante seu jardim e decore sua alma,
ao invés de esperar que alguém lhe traga flores. 

E você aprende que realmente pode suportar... 
que realmente é forte, e que pode ir muito mais
longe depois de pensar que não se pode mais. 

E que realmente a vida tem valor
e que você tem valor diante da vida! 

Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem
que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar. 

© William Shakespeare



The minstrel 


One day you learn that ... 

After awhile you learn the difference, 
The subtle difference between holding a hand and chaining a soul. 

And you learn that love does not mean leaning, 
and company does not always mean security. 

And you learn that kisses are not contracts 
and presents are not promises. 

And you begin to accept your defeats with your head up 
and your eyes ahead with the grace of an adult 
and not the grief of a child. 

And you learn to build all your roads on today 
because tomorrow's ground is too uncertain for plans, 
and the future has a habit of falling down in mid-flight. 

After a while you learn that the sun burns 
if exposed for long. •. 
And learn that no matter how much you care, 
some people just do not care ... 

And accept that no matter how good a person, 
She will hurt you once in a while and you need to forgive her for that. 

You learn that talking can ease emotional pains. 

Discover that it takes years to build trust 
and only seconds to destroy it, 
and what you can do things in an instant 
of which you will regret for life. 

Learns that true friendship continues to grow 
even over long distances. 

And what matters is not what you have in life, 
but who you are in life. 

And what good friends are the family that allowed us to choose. 
You learn that we do not have to change friends 
If we understand that friends change, 
realizes that his best friend and you can do anything, 
or nothing and have good times together. 

Discovers that the people you most care about in life 
are taken from you so quickly, 
So we must always leave loved ones 
with loving words, may be the last time we see them. 

Learns that circumstances and the environment have influence upon us, 
But we are responsible for ourselves. 

Begin to learn that you should not compare with others, 
but with the best you can be. 

Discover that it takes a long time to become the person you want to be, 
and that time is short. 

You learn that no matter where you have arrived, but where you're going 
but if you do not know where you're going, 
Anywhere will do. 

Learn that either you control your actions or they will control, 
be flexible and that does not mean being weak or have no personality, 
because no matter how delicate and fragile the situation is, 
There are always two sides. 

You learn that heroes are people who have done what was needed, 
facing the consequences. 

You learn that patience requires a lot of practice. 

You discover that sometimes the person you expect to kick 
when you fall into one of the few that help you get up. 

You learn that maturity has more to do with the kinds of experience 
you had and what you learned from them 
than with how many birthdays you've celebrated. 

Learn that there are more of your parents on you than you thought. 

You learn that you should never tell a child that dreams are silly, 
few things are so humiliating, and would be a tragedy 
if they believed it. 

You learn that when you're angry you have the right to be angry, 
but that does not give you the right to be cruel. 

You realize that just because someone does not love you the way you want 
that love does not mean that someone does not love him, 
Because there are people who love us, 
but just do not know how to show it. 

Learns that it is not always enough to be forgiven by someone, 
sometimes you have to learn to forgive himself. 

Learn that with the same harshness you judge, 
at some point you will be condemned. 

You learn that no matter how many pieces your heart was broken, 
the world does not stop for you to fix it. 

You learn that time is not something that can turn back. 

So plant your own garden and decorate your own soul 
instead of waiting for someone to bring you flowers. 

And you learn that you really can endure ... 
You really are strong, and can go much 
away after thinking it can not be more. 

And that life has value 
and that you have value in life! 

Our doubts are traitors and make us lose the good 
we could take, if it was not afraid to try. 


William Shakespeare


domingo, 6 de novembro de 2011

30 grandes escritores, trollando 30 grandes escritores





É muito fácil criticar um autor iniciante ou aquele escritor que nunca teve um grande alcance, ainda mais se o crítico é um escritor veterano e considerado universal por sua importância histórica. Mas tem vezes que sobra até para algumas “vacas sagradas” da literatura universal, mesmo os nomes de maior peso como Dostoievsky, James Joyce ou até Mark Twain.
Nesta semana, o site
 Flavorwire compilou 30 das mais engraçadas provocações públicas da história literária do Ocidente, colocando autor contra autor em uma lista que, apesar de nem ser tão longa, já dá uma ideia em linhas gerais da opinião real que gênios tem de outros gênios. Na seleção, ninguém escapou das linhas afiadas destes romancistas e poetas que incluem Gustave Flaubert, Vladimir Nabokov, Virginia Woolf, Charles Baudelaire, Truman Capote e Henry James.
Logo abaixo você vê a lista completa de insultos de autores para outros autores, todos eles de renome internacional.
30. Gustave Flaubert (Madame Bovary) sobre George Sand (Mattéa)
“Uma grande vaca recheada de namquim”
29. Robert Louis Stevenson (O Médico e o Monstro) sobre Walt Whitman (Leaves of Grass)
“Ele escreve como um cachorro grande e desengonçado que escapou da coleira e vaga pelas praias do mundo latindo para a lua”
28. Friedrich Nietzsche (Assim Falou Zaratustra) sobre Dante Alighieri (A Divina Comédia)
“Uma hiena que escreveu sua poesia em tumbas”
27. Harold Bloom (A Invenção do Humano) sobre J.K. Rowling (Harry Potter)
“Como ler Harry Potter e a Pedra Filosofal? Rapidamente, para começar, e talvez também para acabar logo. Por que ler esse livro? Presumivelmente, se você não pode ser convencido a ler nenhuma outra obra, Rowling vai ter que servir.”
26. Vladimir Nabokov (Lolita) sobre Fyodor Dostoievsky (Crime e Castigo)
“A falta de bom gosto do Dostoievsky, seus relatos monótonos sobre pessoas sofrendo com complexos pré-freudianos, a forma que ele tem de chafurdar nas trágicas desventuras da dignidade humana – tudo isso é muito difícil de admirar”
25. Gertrude Stein (The Making of Americans) sobre Ezra Pound (Lustra)
“Um guia turístico de vila. Excelente se você fosse a vila. Mas se você não é, então não é.”
24. Virginia Woolf (Passeio ao Farol) sobre Aldous Huxley (Admirável Mundo Novo)
“É tudo um protesto cru e mal cozido”
23. H. G. Wells (Guerra dos Mundos) sobre George Bernard Shaw (Pygmalion)
“Uma criança idiota gritando em um hospital”
22. Joseph Conrad (Coração das Trevas) sobre D.H. Lawrence (Filhos e amantes)
“Sujeira. Nada além de obscenidades.”
21. Lord Byron (Don Juan) on John Keats (To Autumn)
“Aqui temos a poesia ‘mija-na-cama’ do Johnny Keats e mais três romances de sei lá eu quem. Chega de Keats, eu peço. Queimem-o vivo! Se algum de vocês não o fizer eu devo arrancar a pele dele com minhas próprias mãos.”
20. Vladimir Nabokov sobre Joseph Conrad
“Eu não consigo tolerar o estilo loja de presentes de Conrad e os navios engarrafados e colares de concha de seus clichês românticos.”
19. Dylan Thomas (25 Poemas) sobre Rudyard Kipling (The Jungle Book)
“O senhor Kipling representa tudo o que há nesse mundo cancroso que eu gostaria que fosse diferente”
18. Ralph Waldo Emerson (Concord Hymn) sobre Jane Austen (Orgulho e Preconceito)
“Os romances da senhorita Austen me parecem vulgares no tom, estéreis em inventividade artística, presos nas apertadas convenções da sociedade inglesa, sem genialidade, sem perspicácia ou conhecimento de mundo. Nunca a vida foi tão embaraçosa e estreita.”
17. Martin Amis (Experiência) sobre Miguel Cervantes (Dom Quixote)
“Ler Don Quixote pode ser comparavel a uma visita sem data para acabar de seu parente velho mais impossível, com todas as suas brincadeiras, hábitos sujos, reminiscências imparaveis e sua intimidade terrível. Quando a experiência acaba (na página 846 com a prosa apertada, estreita e sem pausa para diálogos), você vai derramar lágrimas, isso é verdade. Mas não de alívio ou de arrependimento e sim lágrimas de orgulho. Você conseguiu!”
16. Charles Baudelaire (Paraísos Artificiais) sobre Voltaire (Cândido)
“Eu cresci entediado na França. E o maior motivo para isso é que todo mundo aqui me lembra o Voltaire… o rei dos idiotas, o príncipe da superficialidade, o antiartista, o porta-voz das serventes, o papai Gigone dos editores da revista Siecle”
15. William Faulkner (A Cidade) sobre Ernest Hemingway (Por Quem os Sinos Dobram)
“Ele nunca sequer pensou em usar uma palavra que pudesse mandar o leitor para um dicionário.”

14. Ernest Hemingway sobre William Faulkner
“Pobre Faulkner. Ele realmente pensa que grandes emoções vem de grandes palavras?”
13. Gore Vidal (O Julgamento de Paris) sobre Truman Capote (A Sangue Frio)
“Ele é uma dona de casa totalmente empenada do Kansas, com todos os seus preconceitos.”
12. Oscar Wilde (O Retrato de Dorian Grey) sobre Alexander Pope (Ensaio sobre a crítica)
“Existem duas formas de se odiar poesia: uma delas é não gostar, a outra é ler Pope.”
11. Vladimir Nabokov sobre Ernest Hemingway 
“Quanto ao Hemingway, eu li um livro dele pela primeira vez nos anos 40, algo sobre sinos, bolas e bois, e eu odiei.”
10. Henry James (Calafrio) sobre Edgar Allan Poe (Os Crimes da Rua Morgue)
“Se entusiasmar com o Poe é a marca de um estágio decididamente primitivo da reflexão.”
9. Truman Capote sobre Jack Kerouac (On The Road)
“Isso não é escrever. Isso é só datilografar.”
8. Elizabeth Bishop (Norte e Sul) sobre J.D. Salinger (Apanhador no Campo de Centeio)
“Eu odiei o ‘Apanhador no Campo de Centeio’. Demorei dias para começar a avançar, timidamente, uma página de cada vez e corando de vergonha por ele a cada sentença ridícula pelo caminho. Como deixaram ele fazer isso?”
7. D.H. Lawrence sobre Herman Melville (Moby Dick)
“Ninguém pode ser mais palhaço, mais desajeitado e sintaticamente de mau gosto como Herman, mesmo em um grande livro como Moby Dick. Tem algo falso sobre sua seriedade, esse é o Melville.”
6. W. H. Auden (Funeral Blues) sobre Robert Browning (Flautista de Hamelin)
“Eu não acho que Robert Browning era nada bom de cama. Sua mulher também provavelmente não ligava muito pra ele. Ele roncava e devia ter fantasias sobre garotas de 12 anos.”
5. Evelyn Waugh (Memórias de Brideshead) sobre Marcel Proust (Em Busca do Tempo Perdido)
“Estou lendo Proust pela primeira vez. É uma coisa muito pobre. Eu acho que ele tinha algum problema mental.”
4. Mark Twain (As Aventuras de Huckleberry Finn) sobre Jane Austen
“Eu não tenho o direito de criticar nenhum livro e eu nunca faço isso, a não ser quando eu odeio um. Eu sempre quero criticar a Jane Austen, mas seus livros me deixam tão bravo que eu não consigo separar minha raiva do leitor, portanto eu tenho que parar a cada vez que eu começo. Cada vez eu eu tento ler Orgulho e Preconceito eu quero exumar seu cadáver e acertá-la na cabeça com seu osso do queixo.”
3. Virginia Woolf sobre James Joyce (Ulisses)
“Ulisses é o trabalho de um estudante universitário enjoado coçando as suas espinhas”
2. William Faulkner sobre Mark Twain
“Um escritor mercenário que não conseguia nem ser considerado da quarta divisão na Europa e que enganou alguns esqueletos literários de tiro-certo com cores suficientemente locais para intrigar os superficiais e preguiçosos.”
1. D.H. Lawrence sobre James Joyce
“Meu deus, que idiota desastrado esse James Joyce é. Não é nada além de velhos trabalhos e tocos de repolho de citações bíblicas com um resto cozido em suco de um jornalismo deliberadamente sujo.”

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Machado de Assis branco?

Polêmico comercial da Caixa em que a figura de Machado de Assis é interpretado por um ator caucasiano.


Publicado recentemente pelo colunista Michel Blanco no portal Yahoo.


Machado de Assis virou um “case” inglório, esculhambado numa peça publicitária que pretendia, vejam só, enaltecer o patrimônio nacional e a memória brasileira. Mulato, o Bruxo do Cosme Velho é interpretado por um ator branco no comercial em comemoração aos 150 anos da Caixa Econômica Federal.
O erro não é gratuito, embora também não seja intencional — e esse é o lance. Sem querer, a peça publicitária da Borghierh/Lowe revela uma herança bem brasileira: o racismo velado. Não só existe como nos esforçamos em ignorá-lo, tamanha é a força persuasiva da ideia de que um país outrora escravocrata possa ser livre de preconceito racial.
Tal representação está na origem do mito fundador do Brasil, aquele de que somos uma conjunção harmônica de índios, europeus e africanos. Um papinho manjado, mas duradouro, que vinga como solução imaginária para tensões de uma nação formada de maneira autoritária, de cima para baixo.
Assim que transmitido, o comercial da Caixa foi detonado por críticas. De mesa de bar ao Twitter, ouviram-se queixas. A pá de cal foi despejada pela Seppir (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial), que solicitou a suspensão da peça. Foi atendida pela Caixa, inclusive com pedido de desculpas.
Do episódio todo, sobra a constatação de que não só há preconceito no Brasil como também não sabemos lidar com o assunto. Ao se desculpar pelo mau feito, a Caixa fez outro e matou o mulato:  “O banco pede desculpas a toda a população e, em especial, aos movimentos ligados às causas raciais, por não ter caracterizado o escritor, que era afro-brasileiro, com a sua origem racial.” Machado, certamente, ficaria duplamente fulo. Que mal há em ser mulato?
Quanto à agência, todo expertise, brand, target e jargões afins não foram páreo para a ignorância, esterco que aduba todo preconceito. Ninguém em sã consciência pode supor que o embranquecimento de Machado é deliberado. Mas o que é senão preconceito enraizado o simples fato de um grupo de publicitários nem sequer se questionar se o maior escritor brasileiro pudesse não ser branco?




Caixa Econômica tira do ar propaganda com Machado de Assis branco


A Caixa Econômica Federal divulgou uma nota para anunciar a retirada do ar de um propaganda sobre os 150 anos do banco. O comercial dizia que até o escritor Machado de Assis poupava na instituição. Mas, no comercial, o escritor, negro, é mostrado como um homem branco.
Veja o comercial:
"O banco pede desculpas a toda a população e, em especial, aos movimentos ligados às causas raciais, por não ter caracterizado o escritor, que era afro-brasileiro, com a sua origem racial", diz a nota da Caixa, assinada pelo presidente Jorge Hereda.
O banco diz buscar retratar a diversidade racial do país, afirmando que nasceu "com a missão de ser o banco de todos, e jamais fez distinção entre pobres, ricos, brancos, negros, índios, homens, mulheres, jovens, idosos ou qualquer outra diferença social ou racial".
O comercial havia chamado a atenção da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), da Presidência da República, que divulgou nota criticando o banco. A Seppir ressaltou as parcerias que tem com a Caixa, mas afirmou: "No entanto, deve-se lamentar o episódio da campanha que traz Machado de Assis, um dos primeiros poupadores da Caixa, representado por um ator branco. Uma solução publicitária de todo inadequada por contribuir para a invisibilização dos afro-brasileiros, distorcendo evidências pessoais e coletivas relevantes para a compreensão da personalidade literária de Machado de Assis, de sua obra e seu contexto histórico".
Publicada no site do Planalto na segunda-feira, a nota da Seppir conclui que "em respeito a sua contribuição na valorização da diversidade brasileira, a Caixa deve corrigir a produção deste vídeo, reconhecendo o equívoco e considerando o diálogo que vem mantendo com a sociedade ao longo da sua trajetória institucional".