Universo Educacional - The Return



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sábado, 15 de maio de 2010

A expressão do eu.


A ideia do Caderno do Eu, foi desenvolvida peia professora Lucia Miranda (baseada em leituras como Água Viva de Clarice Lispector) e tem como fundamento principal, incentivar o aluno a escrever, expressar plenamente todo o sentimento guardado em seu âmago. Para isto acontecer à liberdade poética e fundamental.
A pessoa escreve o que sente da maneira que desejar, o papel testemunha a força da palavra e a imortalidade do verbo. O rio que corre no intimo deságua no mar da vida.

Reflexibilidade
Observo no espelho um Eu que não sou Eu, muito menos o mim, nem o ti, é mais parecido com o Tu, mesmo tendo o rosto igual, quase igual, pois é tu o inverso do que sou; se eu olhar para a direita, tu olhas a esquerda.
É o meu avesso e continua e continua parecido comigo, tanto que em certo momento tomado pelo susto fico por não saber quem de nós esta realmente dentro do espelho.
Estou preso? E tu olhas a mim.
Estranha ao seu reflexo, então és o direito e eu sou o esquerdo.
Enganar-me-ei prontamente diante do reflexo, só para que tu sejas o mim, e eu um mi, antes tu devia ser o me e comigo existir.
O que sou e o que tu és, nada, tudo ou o eu?

Voz intima
Dentro da minha cabeça mora uma bruxinha, ela fala, fala sem parar, continuamente, sem interrupções, palavras repetidas que eu já sei de cor. Mas que são necessárias, tenho que escutar ouvir todos os dias para nunca esquecer.
E fazer com que o desejo viva, pulse o sonho permaneça... O que tanto diz tanto a bruxinha de roupa preta creia de costuras?-Não posso contar, ou a bruxinha ira embora. Então ela continua a falar, seja de dia, noite ou mesmo madrugada.

Amanhecer
Os confetes e serpentinas dissolvem no chão por causa da garoa fina, não a sons de tamborins no meu coração, o seu ritmo segue lento, falta harmonia e o enredo é o mesmo de todos os dias, vivo de alegorias falseadas para dar encanto ao carnaval de emoções dentro do meu peito.
Em meio ao amanhecer vejo apenas a Combina, caída ao chão por ter ingerido um frasco de estricnina, e o Pierrô segue em um bailado ébrio, a mover os pés no meio fio, sem destino certo... Uma hora o carnaval acaba, mas o meu ainda nem começou.

O ser sem ser
Conheço a mim tão pouco, antes conheço mais a face dos outros, do que este que sei ser. Ando apenas por mecanismos instintivos, a mente vaga por reinos distantes e a alma espreita a existência, enquanto o corpo letárgico faz a digestão do cotidiano, o espírito passeia durante um segundo absorve conhecimento de mil anos, enquanto o corpo (claustro) demora cem anos para desfalecer, a queda do ser em outro segundo. Vagando entre o eu e o tempo, sou EXISTENCIALISMO.

Quimera Parca
Vejo vaga lumes ao meio dia, e girassóis altivos no meio da noite. A média noite no raiar do dia, aonde estrelas d’água ascendem em brasa para o céu, substituindo as super novas que tiveram seu fim radiante. A lua é feita de queijo e o sol da gema de ovo.
O mar nasce das bolhas de sabão feitas por alguém sentado na praia, a terra são grãos de café pisoteados.
-Que cheiro bom sai da terra quando fica molhada por gotas de chuva, ou melhor, seria dizer: gotas de leite que caem das nuvens de algodão, que mundo de fantasia, parece Alice no país das maravilhas, mas é apenas meu sonho.

Trechos extraídos do caderno de Wellington Santos

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