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terça-feira, 8 de junho de 2010

Paulo Freire e suas inovações à Educação


Por Daiani Alves da Silva.

Paulo Reglus Neves Freire nasceu em Pernambuco, Recife, no dia 19 de setembro de 1921, filho de família humilde desde cedo mostrava afeição pelos estudos.
Devido ao seu empenho em ensinar os mais pobres, tornou-se uma inspiração para as novas gerações de educadores. Pelo mesmo motivo sofreu perseguições do regime militar, no período de 1964 à1985, foi preso e forçado ao exílio.
Partiu para o exílio no Chile, onde trabalhou por cinco anos no Instituto Chileno para a Reforma Agrária. Nesse período, escreveu seu principal livro: Pedagogia do Oprimido (1968).
Em 1969, lecionou na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos; na década de 70, deu consultoria educacional a governo de países pobres, a maioria no continente Africano.
Depois de 16 anos de exílio, em 1980 retorna ao Brasil, onde escreveu dois livros : Pedagogia da Esperança (1992) e À Sombra Desta Mangueira (1995). Lecionou na Unicamp e PUC –SP. Em 1989, foi secretário de Educação no município de São Paulo.
Freire foi casado com a professora primária Elza Maria Costa Oliveira, com quem teve cinco filhos. Após a morte de sua esposa, casou-se novamente com uma ex aluna, Ana Maria Araújo Freire, e com ela viveu até morrer, vítima de um infarto em 2 de maio de 1997.
Conheça agora algumas abordagens de uma de suas obras, o livro: A Importância do ato de ler.

A IMPORTÂNCIA DO ATO DE LER

Paulo Freire apresenta esse trabalho na abertura do Congresso Brasileiro de Leitura, realizado em Campinas, em 1981.
“A leitura do mundo precede a leitura da palavra” (pg.11)
Nossa primeira leitura começa com a leitura do mundo, das coisas que nos cercam, das pessoas com as quais convivemos, do entendimento do que acontece ao nosso redor.
Freire retoma sua infância, período em que ainda não lia as palavras, porém fazia a leitura do mundo que o cercava. As “letras” e as “palavras” estavam presentes na natureza, nos animais, nos valores das pessoas mais velhas.
Primeiramente teve a experiência de ler o mundo que o cercava, e então, com a ajuda dos seus pais começou o processo de alfabetização e aprender a leitura da palavra, no quintal da sua casa com galhos de árvores.
Na maturidade, Freire atua como professor de Português, o qual proporcionava aos seus alunos a compreensão do conteúdo de forma dinâmica e viva, não se baseando em decorebas, mas sim no seu real entendimento.
Não há como ignorar o que o aluno sabe; ao vir para a escola, ele não é uma cabeça “vazia” que será preenchida. Sendo assim o professor deve proporcionar a aprendizagem, e ele fará esse processo sozinho.
No entanto, falar da alfabetização de adultos não é só falar do problema da leitura e da escrita, mas da leitura da realidade. Os alunos devem ter participação ativa na sala de aula com o professor, e este vai perceber as dificuldades e ajudá-lo a superar, respeitando o ritmo de compreensão de cada individuo, onde ambos aprendem.

O professor autoritário é aquele que acha que sabe tudo, e somente ele está certo, interfere no direito do aluno expor suas opiniões, considera-se superior a todos na sala de aula.

Já o professor libertador reconhece que não sabe tudo e que pode aprender com o aluno.

“É preciso que quem sabe saiba sobretudo que ninguém sabe tudo e que ninguém tudo ignora”(pg.27).

“Já que a educação modela as almas e recria os corações ,ela é a alavanca das mudanças sociais”(pg 28).

A leitura do mundo deve ser profunda, pois, dessa forma, observaremos a realidade, e essa precede a leitura da palavra, oportunizando às pessoas uma visão mais crítica e consciente para a reconstrução de uma sociedade para todos.
Freire com sua esposa Elza contribuem no campo da educação. Na sua proposta de ensino, não se trabalha com cartilhas manipuladoras, mas com cadernos de cultura popular, são livros básicos: um de alfabetização e o segundo de pós-alfabetização que contém textos com uma linguagem simples, que tratam da realidade do país.
Afinal, devemos estar presentes na construção da história e não somente sermos representantes, os quais aceitamos tudo.
“Praticando, aprendemos a praticar melhor” (pg 46).

Usar palavras que tenham a ver com o nosso dia a dia, oferecer desafios a serem resolvidos, utilizar histórias populares contribuem para o desenvolver da criticidade.
“Praticando a leitura e praticando a escrita os camaradas e as camaradas aprenderam a ler e a escrever ao mesmo tempo que discutiram assuntos de interesse de nosso povo.Não aprenderam a ler decorando ou memorizando ba-be-bi-bo-bu; ta-te-ti-to-tu, para depois simplesmente repetir”(pg 54).

O segundo caderno cultural popular sugere aprofundar tudo o que já foi aprendido e conhecer o que ainda não se conhece. Não é somente na escola que estudamos, mas sempre, ao tentar compreender um problema para solucionar praticamos o ato de estudar.
Paulo Freire foi um grande inovador na área da educação e deixou obras esplêndidas a serem lidas, exploradas e colocadas em prática pelos futuros e atuais professores, seu ideal era uma sociedade mais justa, cuja educação fosse uma das grandes alavancas das transformações sociais.

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